«Ficou s , no meio do passeio. Em vez de atravessar para a margem do rio, naquele local coberta com armaz ns e barrac es, seguiu uma rua cercada de velhos edif cios e foi dar, algumas ruas mais tarde, ao Terreiro do Pa o. Esteve cerca de uma hora sentado no cais, ora a olhar a escurid o das guas, ora a estudar a configura o difusa da pra a. Desembocava ali a sua vida, ou aquilo que fora at ent o. Percebia que algo mais estaria para diante, semelhante ao voo de uma gaivota em tempo de chuva. Di fano o que pressentia e n o via nos contornos da luz porque ou cego ou excessivamente apegado ao real que escolhera como estado de ser. As arcadas trouxeram-lhe a d vida do tempo. Irrepet veis os instantes, inating vel o que foi, ou a circularidade de uma ilha, do mostrador de um rel gio? N o passavam os ponteiros pelos mesmos n meros doze em doze horas? Talvez o mundo n o fosse mais do que uma ilha no universo imenso de estrelas e pulsares.